Nesta semana veio refletir
sobre minha postagem de 2015, Novo Ensino Fundamental, na qual analisei as
mudanças neste período da escola, trazendo as crianças de 6 anos para o Ensino
Fundamental e a obrigatoriedade das crianças de 4 e 5 estarem matriculadas na
Educação Infantil. Na época analisei com esperança de que estas crianças
estando matriculadas e começando a alfabetização mais cedo teríamos melhoras na
nossa qualidade de ensino, mas infelizmente não é isso que tenho visto na
prática.
As crianças estão chegando
no Ensino Fundamental cada vez mais imaturas, muitos sendo infantilizados pelas
famílias e estas mesmas querendo que as crianças só "brinquem" no 1º
ano, com número excessivo de faltas (por darem importância para escola). Claro
que estes resultados não são reflexo somente desta nova legislação e sim de uma
sociedade doente, na qual parece que estamos perdidos e quando nos colocam
novos rumos percebemos que estes não interesse científico e técnico para
melhorar o país e sim somente interesses políticos.
Atuo também na Educação
Infantil e sobram vagas em muitas escolas nas turmas de Jardins enquanto
milhares de crianças estão sem escolas. O que acontece é que muitas crianças
não estão sendo matriculadas e ninguém da conta de relacionar estas ofertas com
a demandas. Infelizmente muitas crianças de 4 e 5 anos chegaram no Ensino
Fundamental sem frequentar a Educação Infantil, mesmo está sendo obrigatória. E
a perspectiva que tinha de um reconhecimento melhor desta etapa da educação
também passou longe de se concretizar. Continua, muitas vezes, sendo vista como
um "cuida-se" sem valor algum para os aprendizados tão importantes
desta etapa.
Percebo que no Brasil as
questões de educação são tratadas muitas vezes como mercadoria e interesses,
infelizmente muitos de nossos governantes não querem uma melhora concreta da
nossa Educação.
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