Na interdisciplina de Infâncias de 0 a 10 anos estamos
estudando o de Momo "Mídia e
consumo na produção da infância pós-moderna" que nos faz refletir
sobre a educação na pós-modernidade.
Este texto nos
faz pensar que com a expansão da mídia,
grande parte da sociedade é influenciada por ela, e este acesso não passa
somente pela internet, pela televisão, pelos celulares, mas esta nos mais
diversos lugares para onde olhamos ou escutamos, tais como nos muros, nos
materiais escolares, na merenda, nas vestimentas, nas músicas, nos desenhos
animados o que nos faz atentar que o acesso a ela e sua influencia são quase
universais. Ela traz um grande estimulo ao consumo, incentivando as crianças a
adquirirem as coisas, assim como as usando como meio de propaganda. Esta semana
aconteceu um caso na minha turma de Maternal 1 (crianças de três anos) que
retrata muito bem essa relação:
"Uma aluna
chegou com um tênis novo que acende uma luz no cadarço e no outro dia sua
colega chegou como o mesmo tênis, pois tinha pedido aos pais mesmo um calçado igual."
Eu realmente
fiquei impressionada com tal situação! Pois como pode uma criança de três anos
ter tanto interesse por algo material a ponto de levar seus pais a irem em uma
loja o mais rápido possível para comprar um produto de seu interesse¿ Essa
relação da criança com a mídia capitalista vem ultrapassando limites, formando
consumidores cada vez mais sedo.
Além de questão
as mídias formam padrões e valores definindo o que é "bom" e o que é
"ruim" fazendo com as pessoas muitas vezes se modelem conforme suas
orientações, mas sem ao menos refletir sobre estes padrões. Outro exemplo desta
realidade são as crianças "atiradas" na frente de televisões vendo
desenhos que muitas vezes os pais e professores não tem nem conhecimento do que
se passa neles. A Peppa é um caso, a porquinha tão famosa por aqui tem atitudes
muito duvidosas, tais como: cuspir, chamar as pessoas de bobas, fazer manhas,
entre outras. E as crianças que estão ali assistindo tudo aquilo acabam
simplesmente reproduzindo todas estas ações achando que estão agindo
corretamente.
Acredito que o problemas
não sejam as mídias em si, até porque seria muito difícil modifica-las ao nosso
gosto, mas sim como agimos em relação a informações que elas nos passam. Se as
crianças vem algo que é errado acredito que nossa função como educadores e pais
não é evitar isso, mas sim colocar em discussão, conversando com a criança
sobre o que tais significam, quais suas consequências e que não seria bom agir
de tal maneira. Acredito que este é nosso grande desafio colocar em questão
juntos com nossos alunos os valores transmitidos pela mídia.
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