segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A escola no Brasil

Assim como no texto da "Máquina escolar" o texto "(Des)encantos da modernidade pedagógica" nos mostra a realidade brasileira nos  fim da década de 20 e nos anos subsequentes onde a escola também era dominada pela política e pela igreja (esta dominava 70% das instituições) e o que se pretendia neste domínio era criar nos alunos padrões nacionalistas e cristãos. As duas realidades vivenciadas nos dois textos também nos mostram uma alta segregação social e racial fazendo com que a elite expandi-se cada vez mais enquanto as classes menos desfavorecidas  sofriam as margens da sociedade.
Podemos observar quase que uma visão da nossa realidade atual quando o texto "(Des)encantos da modernidade pedagógica" no fala das necessidades vividas naquela época como falta de materiais, de estrutura física, entre outros problemas, onde o professor na maneira que podia tentava ajudar nesta dura realidade.
Uma grande mudança começou (ou tentou) surgir com a alta dos aluguéis, como as escolas eram situadas em prédios locadas constantemente tinham que fechar ou mudar de local. Daí surge a construção de prédios escolares e com ela a tentativa de uma modernidade pedagógica. Pois através destes prédios se pretendia um cuidado maior com o corpo e a higiene devido as doenças da época, mas também um cuidado com o social e o intelectual dos alunos.
Estes prédios foram construídos fazendo com que alunos das classes baixas passassem a ter acesso a eventos tirados deles fora da escola, como acesso ao esporte, a biblioteca. O acesso a escola assim como no texto da "Maquinaria escolar" beneficiou uma classe que não tinha acesso a praticamente nada. Porém estes "benefícios" são mascarados pois estes direitos eram para ser de todos o que não acontecia devido as segregações existentes na época.
As escolas da modernidade (1922-1935) no Rio de Janeiro vieram para tentar mudar e lutar contra um controle do estado e da igreja. Mas como fazer isso se dependia deles pra se manter. Esse problemas e esta realidade é enfrentada até os dias atuais. A falta de valorização da educação e dos profissionais que nela atuam se faz constante no nosso dia-a-dia.
Surge então o "professor herói" tema este que venho me preocupando e questionando muito atualmente, pois me parece que esta visão que criou e que soa sobre o professor atual (e desde aquela época). Uma pessoa que muitas vezes sozinha ou em movimentos com seus colegas de classe tenta mudar, ajudar, melhorar uma realidade precária e desrespeitosa com todos. Isso já era visto nos anos 20 e 30 no Brasil e infelizmente esta situação se mantém até hoje. Eu não sou heroína! Sou uma profissional! Que tenho direitos e obrigações e que preciso de condições físicas, de materiais, de apoio pedagógico para exercer meu trabalho com qualidade. Porém enquanto isto não fazer parte da vontade nos nossos governantes as mudanças serão mínimas e localizadas, as lutas continuarão constantes, e a educação se manterá a mercê de uma sociedade desigual.
O que fazer para mudar uma realidade que vem desde a fundação da escola?



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